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Foto do escritorHelaynne Sampaio

Mo dúpé ancestralidade Ilê Obá Aganjú Okoloyá

Atualizado: 4 de ago. de 2020


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Eu sou Helaynne Sampaio (Ulefun), Ìyálaxé do Ilê Obá Aganjú Okoloyá de Tradição Nagô (datado de 1945) e filha carnal da Ìyákekerê Maria Helena Mendes Sampaio (Oyá Tundê) que é filha consanguínea da Ìyálorixá Amara Mendes da Silva (Oba Meji – fundadora do Ilê Obá Aganjú Okoloyá) e do Babalorixá Nelson Mota Sampaio (Ògún Jobi – awô - fundador do Igbalé Ilê Obá Aganjú Okoloyá e o responsável por implantar o Irokó do Terreiro de Mãe Amara).

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Tenho uma irmã da Oxum, a nossa Ìyápetebi Gabriela Sampaio (Ose Nibu Omi) que nos presenteou e fortaleceu as nossas raízes, tradições e a nossa continuidade com dois filhos, o Ògá N’Ilú Gabriel Sampaio (Akambi) e a Ìyákewí Yáomim Sampaio (meus filhos também porque é assim que educamos as nossas crias).

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Em 2016 dei à luz a uma filha batizada de Maria Beatriz Sampaio em homenagem a minha mãe e a minha irmã (mainha também queria batizá-la de Beatriz). Maria é omoorixá de Oxaguian, Oyá e Oxum (idênticos aos meus orixás de ori) e nasceu para somar e fortalecer a continuidade do nosso axé matriarcal nagô de Aganjú e Oyá Bamilá.

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Tenho dois primos que significam muito para mim. Fomos criados como irmãos carnais. Eles também fazem parte do axé de Aganjú e de Oyá Bamilá. Ambos são Ògás, o Axogun Diego Barreto (Ogun Aladameji) e o Ògá N’Ilú Raffael Barreto (Oba Inã). O Ògá N’Ilú Raffael é pai da minha priminha Ayla Barreto que também nasceu para fortalecer as nossas tradições.

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Esta imagem SIGNIFICA muito para mim. Significa a nossa união, luta, resistência, afeto e comunhão com a nossa fé e devoção aos orixás (divindades africanas Yorùbás) e aos nossos egunguns nagô (ancestralidade nagô).

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Peço licença AGANJÚ, meu pai, OYÁ BAMILÁ, minha mãe (orixás que guiam o nosso axé matriarcal e cuidam das nossas vidas) para expressar toda minha gratidão as suas bençãos e ensinamentos que nutrem a minha vida.

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Recordo-me do meu Babalorixá Paulo Braz Felipe da Costa (Ifátòógún –awô) me ensinando ser forte e dizendo que as nossas tradições devem ser preservadas com muita sabedoria, assim como, os descendentes do culto aboolá nasceram com a sabedoria para conduzir as suas tradições ancestrais.

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Aganjú e Oyá sabem da nossa luta e resistência para mantermos vivo e preservada as nossas tradições.

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Lembro-me da gente com muita fé e devoção resistindo cada batalha. A intolerância religiosa dentro da nossa comunidade de terreiro, tentando nos enfraquecer. Mas, Xangô e Oyá sempre presentes, de mãos dadas com a gente. Salve o meu axé, Obá Aganjú é Xangô!

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A minha mãezinha é um exemplo de força, fé e devoção. Aganjú e Oyá sabiamente a escolheram para dar continuidade ao seu axé matriarcal. Ela é mais uma mulher de fibra como a minha avó que batalhou para que chegássemos até aqui com vida e saúde.

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Voinha se encontra bem velhinha e sempre me fala o quanto ama o meu avô. Relata o quanto ele foi um homem honesto, batalhador e que respeitava bastante a sua liderança e tinha orgulho de sua garra. Amo vocês e obrigada por tudo.

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Quem fez este registro foi a nossa filha Virginia Ramos @virginiaramoss, omoorixá de Oyá e Ìyábassé do nosso Ilê. Obrigada afilhada!

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“Axé e Ancestralidade Nagô!” (Ìyá Maria Helena Sampaio).

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