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Foto do escritorHelaynne Sampaio

a teatralização dos fundamentos ancestrais


foto do acervo pessoal do Terreiro de Mãe Amara.


eu fico muito preocupada quando ouço pessoas do candomblé se intitulando Ìyálorixá/Babalorixá no ambiente onde 98% das pessoas/ouvintes não têm conhecimento de como se dar esse processo ritualístico.


Egbomi não é sinônimo de Ìyálorixá/Babalorixá. Para ser Ìyálorixá/Babalorixá é preciso fundar ou herdar um ilê axé e este precisa ter omorixás (filhas/os de orixá). Ao se tornar Egbomi, o omorixá será direcionado pelos orixás e a ancestralidade se o seu destino é ou não fundar um Ilê axé.

a vaidade em seu sentido negativo tem criado muitas situações como estas, onde as/os omorixás sentem a necessidade de se ascender mediante ao candomblé de maneira erronia.


participei de um momento onde presenciei o que muitos omorixás, que comungam desse meu pensamento, têm expressado por meio de textos e vídeos nas redes socais. Realmente existem omorixás que teatralizam os orikis (evocações), orin (cantos de louvação), iba (saudações) e adura (preces) como estivessem no terreiro.


contudo, teatralizar não é problema, como muitos artistas que têm a permissão dos orixás e da ancestralidade para fundamentar o seu trabalho, a sua pesquisa, o problema é se apropriar de ritos e rituais específicos de uma posição de liderança religiosa sem de fato ser e reproduzi-los em ambientes inapropriados.


“axé e ancestralidade nagô.” (Ìyá Maria Helena Sampaio)



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